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sábado, 1 de junho de 2013

“O CONTAR DO TEMPO”


Debruçada sobre a mesa.
Olho pela janela.
Vejo o jarro com tulipas.
Da janela tenho notícias do mundo.
Ou leio mensagens no mural.

Um casal rodopiando lentamente.
No tic-tac dos segundos.
É o tempo em conta gotas.
Janelas abrindo e fechando.
Tenho o tédio como amigo.

Navego em terra firme.
Perambulo de sala em sala.
Futilidades, ouvindo.
Noite chega agitando meu pensamento.
Nada faz o olho brilhar.

Quem entra num rompante.
E a mim vai chamar.
Cara a cara vou te enfrentar.
De arma em punho.
Mais, Ternurinha, não sou.

Desconheço quem é.
Vê que guerreira que sou.
Mas, adversário não queria ser.
De cima do nome apeou o cavalheiro.
Com rosa nas mãos.

Poeticamente rompeste a couraça.
Despojou-me de receios.
Fez-me bela deusa.
E como orquídea rara.
Ternurinha fez nascer.

Espiando na janela.
Conheço teu humor.
Vejo teu dia.
Aprecio teu jardim.
Chego-me a ti.

Vivendo personagens gregos.
Assistindo a filmes de animação.
Viajando pelo espaço sideral.
Ou jogando futebol.
Conquistaste campo fértil.

Assim fez meus dias.
Nada monótonos.
Como presentes surpresa.
Embrulhados em ouro.
Arrematados com fita prateada.

Brota de mim.
Sorrisos encabulados.
Gargalhadas espontâneas.
Lágrimas emocionadas.
É a adolescência revivendo.

O tempo não conta mais.
Mas um dia atrás do outro.
Somando chegamos a trinta.
Sensação estranha.

Diz que esquecemos alguns anos pra trás.

IARA CONCEIÇÃO MARQUES

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